Poemas de Walber Pereira

Ruínas

O tempo se acrescenta,
a cultura se expande
e vocês permanecem aqui,
imunes às forças do tempo contemporâneo.
Romances escondidos em vossas
indecifráveis escritas,
a concepção deste mundo jamais sabida.
Oh! Ruínas de um mundo desgarrado,
defendido, multiplicado,
trazei-nos vossas traduções, encantos,
esperanças.
O antigo nascente e poente de Rá-sol,
permanecerei aqui para todo o sempre.

Maria Helena Vieira da Silva : “A Biblioteca” (Paris)

Livro desprezado

Percorrendo a estrada curta e escura
de um quarto,
paira uma inconsolável tristeza.
Há um livro abandonado,
escritas dedicadas esquecidas sobre a mesa,
aventuras amorosas, poéticas do passado,
completamente afastadas de um quadro.
Linhas exóticas são enganadas pelo
melancólico
sopro do vento.
Olhares desprezíveis o cercam,
repugnantes desejosos que não elevam.
Ó livro amigo!
sois a natureza imprimida,
a verdade escondida,
a concepção de mundo não difundida,
em forma presente,
nunca o abandonarei.

Walber Pereira é um poeta nascido em Castanhal, em 1961. Gostei dos seus poemas... Retirei-os do livro "Poesia do Grão Pará", uma antologia poética organizada por Olga Savary.

Um comentário:

  1. Muito bom, adorei tudo, você é sempre cuidadosa em todos detalhes...Parabén querida!!!

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