que se fecha. O jardim todo lembra um altar
para o qual sobe o incenso azul da nostalgia,
e onde os lírios estão de joelhos, a rezar.
Tu cantas para mim. Tua voz, triste e mansa,
vem trazendo, a gemer, dos confins da lembrança,
qualquer coisa de velho, onde a vida se esfume.
Quando a voz adormece um fantasma desperta.
A tua boca é como uma rosa entreaberta
que a saudade acalante e o passado perfume.
E essa velha canção que o teu lábio cicia,
no momento em que a tarde adormece no olhar,
enche o meu coração de uma vaga harmonia,
de um desejo pueril de ser bom, e chorar...
(Pintura de Lauri Blank, extraída de http://blankstudio.com/gallery.asp)
(Poema extraído de http://www.revista.agulha.nom.br/alceuwamosy.html#aria)
Olá!
ResponderExcluirVejo que você possui uma edição há muito esgotada do Yeats, lançada, se não me engano, em 1987.
Você saberia me dizer se nessa edição encontram-se traduzidos os poemas "To the Rose Upon the Rood of Time" e "The Song of the Happy Shepherd"?
Olá, Anônimo... ^^
ResponderExcluirSim, a edição que tenho realmente é de 1987, publicada pela Art Editora.
Infelizmente, nessa edição não se encontram as traduções para esses dois poemas... E "To the Rose Upon the Rood of Time" é um dos meus favoritos de Yeats.
"Come near; I would, before my time to go,/Sing of old Eire and the ancient ways:/Red Rose, proud Rose, sad Rose of all my days."
Um abraço, e muito obrigada pela sua visita. ^^